segunda-feira, junho 01, 2009

Leupen, Baker... pensamentos

Em “Proyecto y analisis”, Leupen faz uma análise dos principais elementos que circunscreve o processo do projeto arquitetônico. Entre ordem e composição; projeto e uso; projeto e análises; projeto e contexto; projeto e tipologia; e, projeto e estrutura, o autor examina a evolução dos princípios na Arquitetura utilizando, como modelos de suas análises, ilustrações feitas no computador facilitando a compreensão das articulações construtivas.
Em “Análisis de la forma”, Geoffrey H. Baker, apresenta o resultado de um material selecionado durante duas décadas entre estudantes e o próprio autor. O livro subdivide a Arquitetura em três fatores básicos: os edifícios, suas funções e a cultura.
Baker organiza, primeiramente, o que ele chama de princípios analíticos e continua com estudos de casos, enfatizando os mesmos.
Os dois autores buscam respostas, por meio da análise do objeto arquitetônico. Estas análises tratam da busca da essência do que é feito à Arquitetura, no entanto pode-se, por meio da simulação do computador, esclarecer ainda mais sua compreensão. Análise, modelagem e protótipo é um processo de experimentação e visualização a ser explorado no âmbito do ensino do curso de Arquitetura e Urbanismo.
Um exemplo de análise do objeto, foi na disciplina de Urbanismo, como aluna de graduação. Os modelos comentados em aula eram dois tipos: a cidade do tipo planejada, racional, e o tipo, sem planejamento, orgânica. Com o objetivo de apreensão dos conceitos, pelos alunos, os professores separaram, a turma, em três grupos e cada um apresentou um protótipo de cidade. Coincidentemente os três modelos eram diferentes entre si, criando-se um espaço de debate sobre os conceitos de Urbanismo, enriquecendo ainda mais a dinâmica da aula. Essa aula marcou pela atitude dos professores, em usar modelos construídos pelos alunos como objetos de análise.
É provável que, a simulação da volumetria da estrutura do objeto arquitetônico pelo computador, ampliaria a percepção visual e conceitual dos alunos abrindo maiores possibilidades de comprometimento com os desenhos durante sua formação acadêmica. O computador, como todo instrumento, pode servir de facilitador nos diálogos entre os conceitos que ainda estão sendo formados e o desejo de projetar do aluno. Os diálogos são constantemente revistos e, muitas vezes o projetista se limita aos desenhos do computador, diminuindo suas possibilidades de mudanças durante o percurso.
A idéia de usá-lo como instrumento de conhecimento de projeto e análise formal proporia novas metodologias, como, por exemplo, a simulação.
Para Duarte, a simulação nos coloca diante de vários pontos de vista, diferentes condições “físicas”, criando-se modificações possíveis de sair da nossa imaginação prévia. Ele explica que, antes da simulação existe, o processo de modelagem dos objetos a serem simulados. Esses modelos ganham atributos e ainda podem ser cortados, desmontados e organizados para diversos tipos de leitura e análises antes de serem executados.
BAKER, Geoffrey H. Análisis de la forma: Urbanismo y Arquitectura.
GG/México. 1998.
DUARTE, Fábio. Arquitetura e tecnologias de informação: da revolução
industrial à revolução digital. São Paulo, Fapesp: Editora da Unicamp,
1999.
LEUPEN, Bernard et al. Proyecto y análisis: evolución de los principio en
arquitectura.GG/Barcelona-Spain. 1999.

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